Boric diz que nova Constituição chilena é um instrumento para projetar o país nos próximos 50 anos
O presidente garantiu que a atual Constituição "não é representativa da sociedade chilena" e, portanto, deve ser "alterada estruturalmente"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
ARN - O presidente do Chile, Gabriel Boric, assegurou neste domingo (1º) que a nova Constituição, que está em processo de aprovação na Convenção, "não é um capricho do governo", mas um instrumento que servirá para projetar o país nos próximos 50 anos.
Ele deu essa opinião em entrevista à mídia local “24 Horas”, durante a qual destacou que a atual carta magna "não é representativa da sociedade chilena" e, portanto, deve ser "alterada estruturalmente".
Nesse sentido, o presidente ressaltou que seu governo dará as condições necessárias para o plebiscito de 4 de setembro, quando será definido se a nova Constituição será aceita.
Além disso, sustentou que o governo não destinará "um único peso" à campanha de aprovação, apesar de ter indicado que apoia esta opção e que espera que seja a que dê certo.
Diante da possibilidade de o plebiscito rejeitar a Constituição - como indicam as pesquisas - Boric disse que também se deve buscar mecanismos para reformar a Carta Magna, embora não tenha adiantado quais seriam.
Durante a entrevista, realizada por ocasião dos primeiros 50 dias de seu governo, ele reconheceu as dificuldades econômicas que o país atravessa e a possibilidade de que haja um aumento da inflação. No entanto, ele ressaltou que vai depender do governo para que isso não aconteça.
Disse ainda que o governo vai continuar a procurar consensos para a reforma da segurança social, nomeadamente tudo o que diz respeito às Administradoras de Fundos de Pensões (AFP)
“Para os próximos 50 dias, como sociedade, vamos entender que temos fraturas que são graves, temos dores como desigualdade, violência, atrasos, mas ao mesmo tempo estamos todos prontos para não ver um inimigo no outro, para que possamos conversar para chegar a acordos e não apenas para reforçar nossa própria opinião”, concluiu.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popularAssine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247