Bolsonaro diz, sem apresentar provas, que legalização da maconha aumentou homicídios no Uruguai
No país, a taxa de homicídios é de 8,5 casos por 100 mil habitantes, enquanto no Brasil esse número chega a 21,65
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ARN - Jair Bolsonaro disse que o aumento dos homicídios no Uruguai no último semestre é consequência da “legalização da maconha”. A regularização da maconha no Uruguai entrou em vigor em julho de 2017 e permite a venda da droga em farmácias.
“Temos o caso do Uruguai, que recentemente regulamentou e legalizou a maconha e agora estamos vendo uma explosão no número de homicídios, em grande parte por causa da maconha”, disse Bolsonaro durante sua transmissão semanal nas redes sociais.
No primeiro semestre de 2022, o Uruguai registrou 188 homicídios, um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. No país, a taxa de homicídios é de 8,5 casos por 100 mil habitantes, enquanto no Brasil esse número chega a 21,65 homicídios, segundo dados do Atlas da Violência e do Ministério do Interior uruguaio.
Esta semana marca o quinto aniversário da legalização da maconha, promovida pelo governo do ex-presidente José "Pepe" Mujica. Com essa medida, o Uruguai se tornou o primeiro país a legalizar a produção e venda de produtos derivados da cannabis.
"Sabemos que essas pessoas de esquerda, quase todas são a favor da liberação das drogas", continuou o chefe de Estado brasileiro, acrescentando que legalizar a maconha "não leva a lugar nenhum". "Só vai retroalimentar um sistema e levar à violência, levará a outros males e a tendência é que esse país caia em desgraça”, alertou.
Neste domingo, Bolsonaro oficializará sua candidatura em busca da reeleição nas eleições presidenciais de 2 de outubro. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas, recebeu na semana passada o apoio da renomada cantora Anitta.
O comentário de Bolsonaro sobre a maconha no Uruguai foi uma resposta à artista: "Eu a vi outro dia, não sei se é cantora, mas é uma pessoa conhecida que disse (para Lula): 'Estou dando meu apoio, solte a maconha'".
A cantora defendeu sua posição durante uma transmissão ao vivo com o rapper Filipe Rett. "Proibir as drogas não faz com que as pessoas parem de usar. Essa guerra na favela só mata os pobres, as pessoas que não têm nada a ver com isso", disse ela.
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