Argentina: ministra da Economia afirma que metas do acordo com FMI serão mantidas
A nova ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, também afirmou que vai priorizar equilíbrio fiscal: "não vamos gastar mais do que temos"
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ARN - A ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, reafirmou nesta segunda-feira, 11, que durante sua gestão serão mantidas as metas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), questão que gerou amargura dentro do partido governista.
Batakis, que assumiu o cargo na última segunda-feira, 4, após a renúncia de Martín Guzmán, também anunciou medidas para manter o equilíbrio fiscal e garantiu que durante seu governo "não vamos gastar mais do que temos", segundo o jornal Página/12.
"O nosso ponto de partida é num contexto de guerra após uma situação de pandemia e no meio de um empréstimo do FMI", explicou ela, em conferência de imprensa no Palácio de Hacienda.
Batakis anunciou várias medidas específicas que concordou com sua equipe econômica e com o presidente Alberto Fernández, entre elas a criação de um Comitê de Monitoramento da Dívida, encarregado de controlar o estrito cumprimento do acordo assinado com o FMI.
Anunciou também uma modificação da Lei de Administração Financeira para "cumprir e dar mais eficiência" aos gastos do estado, manter as taxas de juros fixadas no início do ano e utilizar divisas para sustentar a demanda energética do setor produtivo, especialmente aqueles que exportam e geram a renda em dólares.
Disse ainda que a Autoridade Nacional de Defesa da Concorrência vai procurar promover um “tribunal da concorrência” porque “o que aconteceu na questão dos preços” nas últimas semanas “não tem fundamento técnico e responde a especulações”.
Batakis também decidiu que o órgão fiscal de avaliação de imóveis fique sob a alçada do Ministério da Economia, que será encarregado de "comparar o valor das avaliações de imóveis" e gerar "um ato de justiça" para quem sofre de instabilidades no mercado imobiliário.
Ela foi acompanhada na coletiva de imprensa pelos ministros da Produção, Daniel Scioli; da Agricultura, Julián Domínguez; e Turismo, Matías Lammens. Também pelos chefes do Banco Central, Miguel Pesce, e da Administração Federal de Receitas Públicas (AFIP), Mercedes Marcó del Pont.
A vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse na última sexta-feira, 8, que a renúncia de Guzmán foi um "ato de irresponsabilidade política e desestabilização". Um dia depois, em um ato oficial pelo 206º aniversário da Declaração de Independência, o presidente Fernández falou em "preservar" a unidade "nos momentos mais difíceis".
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