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Após derrota eleitoral e crise no governo, Fernández anuncia pacote de medidas sociais na Argentina

Em crise, o governo argentino definiu a expansão de programas sociais de renda, articula um aumento do salário mínimo, estabeleceu um plano contra o desemprego, entre outras medidas

Presidente da Argentina, Alberto Fernández
Presidente da Argentina, Alberto Fernández (Foto: Reuters)


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(Prensa Latina) - Sem perder tempo, o presidente argentino, Alberto Fernández, retomou nesta quarta-feira, 22, as forças com um gabinete renovado e convocou sua base política para trabalhar em conjunto para reverter o fraco resultado das primárias de novembro.

Os dias são urgentes e há muito a fazer, principalmente em relação à reativação econômica, com um país que já havia sido golpeado; além disso, o impacto da Covid-19 aumentou o desemprego, a pobreza e paralisou a produção. Fernández e sua equipe aceleraram a reativação da economia e para isso estão trabalhando em um pacote de medidas assistenciais para fortalecer a renda e contribuir, entre outras coisas, para aliviar uma parte importante da sociedade que sentiu o golpe neste momento complexo.

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A mensagem das urnas é clara e tem sido reconhecida pelo Executivo e pelo governante Frente de Todos, cujos candidatos, militantes e dirigentes saem às ruas para ouvir a população em busca de reverter o resultado das primárias, faltando 54 dias para o fim da votação nas eleições gerais, onde são definidos 24 cargos no Senado e 127 na Câmara dos Deputados.

Hoje será um dia importante. O Executivo buscará fechar com empresários e sindicatos um aumento no salário mínimo, vital e móvel entre 10 e 13 pontos, conforme a inflação estimada para este ano no Orçamento de 2022.

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Por outro lado, conforme noticiado por diversos meios de comunicação, como a Ámbito Financiero, estão trabalhando para agregar bônus aos desempregados e aposentados, um programa de ampliação do emprego e conversão de planos sociais de trabalho e empréstimos não bancários para projetos produtivos da economia popular.

Soma-se a isso o aumento do mínimo não tributável para os assalariados formais e a expansão das obras públicas.

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A previsão é que ao final do dia o Ministro do Trabalho, Claudio Moroni, faça praticamente um encontro com empresários de bancos nacionais, da Bolsa de Valores, da Câmara da Construção, da União Industrial, da Sociedade Rural e da Câmara de Comércio Argentina para fechar com as centrais e sindicatos um aumento salarial à frente do esperado.

Muitas são as medidas que estão em curso, entre as quais a ampliação do programa de emprego Te Sumo, para que seja mais amplo e chegue a 50 mil trabalhadores. É um plano de emprego para o segmento entre 18 aos 24 anos, que se insere num contexto de 31 por cento do desemprego entre jovens.

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Enquanto o governo foca no fortalecimento da arrecadação em um país onde a inflação não deu trégua desde a gestão anterior de Mauricio Macri, também está trabalhando no orçamento para o próximo ano, cuja discussão no Congresso começaria nesta semana, com dia ainda a ser definido.

De acordo com o projeto orçamentário para 2022, espera-se um crescimento do PIB de quatro por cento, uma inflação de 33 por cento e um dólar a 131,1 pesos argentinos.

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“Fazemos parte de um movimento que sabe ouvir as demandas populares e a voz do povo”, disse ontem o presidente Fernández, depois de reiterar que ouviu a muitos e deseja manter sua palavra para entender por que as pessoas votaram daquela maneira.

O presidente anunciou que as medidas em curso estão relacionadas com decisões que vão tomar a partir de agora, com o objectivo de responder a uma parte do eleitorado que a Covid-19 saiu mal e o crescimento económico não chegou com o velocidade desejada.

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Após assumir funções, o novo Chefe do Gabinete de Ministros, Juan Manzur, antecipou que procurará flexibilizar mais as restrições impostas no quadro da pandemia para favorecer a incipiente reativação econômica.

Em declarações à Prensa Latina, o jornalista e secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista Argentino, Jorge Kreyness, considerou que o resultado das primárias de 12 de setembro foi um alerta e estes dois meses serão cruciais.

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