Com Bolsonaro inelegível, espólio político do ex-mandatário é visto como incógnita
Após o Centrão sinalizar que deve abandonar Jair Bolsonaro à própria sorte, PL aposta no potencial de transferência de votos para ungir o herdeiro do bolsonarismo
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247 - Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar Jair Bolsonaro inelegível pelos próximos oito anos, o PL afirma que o ex-mandatário irá assumir o papel de um cabo eleitoral forte, tendo o poder de ungir qualquer candidato que apoiar. O otimismo do partido comandado por Valdemar Costa Neto, porém,esbarra na falta de um nome forte para assumir o capital político do ex-mandatário.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, “Nas próximas eleições municipais, no próximo ano, os fatores locais terão uma influência muito maior do que a ideologia. Além disso, até 2026, a situação pode mudar consideravelmente, dependendo, em grande medida, do desempenho econômico durante o governo de Lula”.
Ainda conforme a reportagem, Bolsonaro não tem um sucessor "natural" para a campanha de 2026. Na ala da direita, surgem nomes como os dos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná).
No entanto, nenhum deles é um seguidor ferrenho de Jair Bolsonaro. Uma ala do PL tem ventilado o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, embora ela seja mais cotada para concorrer ao Senado. Além disso, a base do agronegócio está se apressando em "lançar" a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura. No entanto, todos estão aguardando uma reorganização de forças pós-Bolsonaro.
“Nesse xadrez em que ninguém arrisca prever os próximos passos, uma coisa, porém, é certa: o Centrão, comandado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não vai jogar água no moinho de quem não tiver caneta nem expectativa de poder. Conhecido por suas práticas de ‘toma lá-dá cá’, o grupo atua para ser governo em qualquer circunstância e já dá sinais de que vai abandonar Bolsonaro”, destaca um trecho da reportagem.
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